O Tarot de Marselha (Marseille) é um dos mais tradicionais da história
desse oráculo. Tem esse nome porque teve origem na cidade de Marseille, na
França, provavelmente no século XVI trazido – acredita-se - por ciganos da Ásia
Central.
Esse Tarot se caracteriza pelos desenhos simples de seus arcanos, e é o
mais conhecido e famoso Tarot de todos os tempos. Atualmente existem várias
versões suas e todas são derivadas do original que se popularizou na França a
partir do final do século XV. Suas figuras são muito simples, mas também
eficazes e apelativas, sendo capazes de mostrar profundos segredos. Além da
simplicidade, esse baralho trazia a numeração das cartas em algarismos romanos
e os títulos em francês. Segundo o tarólogo, pesquisador e escritor Carlos Godo, "o tarot foi muito
divulgado entre os árabes na época das Cruzadas, tendo sido trazido para a
Europa pelos cavaleiros europeus que retornavam dos combates aos Mouros. Claro
que, explica Carlos Godo, em pleno fulgor
religioso não se aceitariam cartas com motivos evidentemente orientais, por
isso as cartas receberam uma "roupagem" condizente com os costumes da
época. Datariam desse período as primeiras edições do Tarot, de apresentação
rústica e medieval, das quais conhecemos principalmente o Tarot de Marselha, o qual é considerado pelos estudiosos como o
mais primitivo Tarot ocidental. Seria, portanto, o mais próximo de suas
origens.", finaliza Carlos Godo.
Antigo Tarot de Marselha
No início do século XVIII, as figuras do Tarot de Marselha foram entalhadas em madeira por Claude
Burdel e a partir de então divulgada pelos impressores da época. No
início suas lâminas eram coloridas à mão, sobre a impressão inicial dos riscos
das figuras. Marselha foi o maior centro
de produção de baralhos de Tarot da Europa nos séculos XVII e XVIII, e seu
estilo foi copiado por fabricantes até de outros países. O Tarot de Marselha teve grande influência sobre os jogos que
surgiram nos séculos XVIII e XIX. Seu manuseio se tornou mais fácil quando B. P.
Grimaud lhe fez algumas alterações, arrendondando-lhe os cantos e
usando cores mais vivas, com predominância do vermelho e do azul. Em 1930 Paul
Marteau, grande mestre das cartas na França, traduziu toda a simbologia
do Tarot de Marselha, redesenhando-o
e fixando suas tonalidades definitivas.
Baralho
de Grimaud, Paris
O que a História
nos conta...
As cartas de jogar apareceram na Europa cristã por
volta de 1367, data da primeira evidência documentada de sua existência — a
proibição de seu uso, em Berna, na Suíça. Antes disso, as cartas foram usadas
por muitas décadas no Al-Andalus islâmico. As primeiras fontes européias
descrevem um baralho com normalmente cinquenta e duas cartas, como o baralho
moderno sem curingas. O tarô de setenta e oito cartas resultou da adição de
vinte e um trunfos numerados mais um sem número (o curinga) à variante de
cinquenta e seis cartas (quatorze cartas cada naipe).
A expansão do uso dos jogos de cartas na Europa
pode ser estimada por volta de 1377, a partir de quando as cartas de tarô
parecem ter-se desenvolvido por volta de quarenta anos depois, e são
mencionadas no que sobreviveu do texto de Martiano da Tortona. Estima-se que o
texto tenha sido escrito entre 1418 e 1425, uma vez que o pintor Michelino
da Bezzoso retornou a Milão em 1418 e o autor faleceu em 1425.
Da Tortona descreve um baralho semelhante em muitos
aspectos às cartas usadas em jogos de tarô, embora o que ele descreve seja mais
um precursor do tarô que o que se pode conceber das atuais cartas de tarô. Por
exemplo, seu baralho tem apenas dezesseis trunfos, com motivos destoantes aos
dos atuais baralhos (lá são deuses gregos), e os quatro naipes são quatro
espécies de pássaros, e não os naipes italianos comuns. O que faz do baralho de
Tortona mais semelhante ao tarô que os outros baralhos descritos na época é
obviamente a presença de cartas de trunfo no conjunto. Cerca de vinte e cinco
anos depois, Jacopo Antonio Marcello, um contemporâneo de Da Tortona, denominou-os
de ludus triumphorum, ou "jogo
dos triunfos".
Baralho
Siciliano
Le Bateleur
("O Mago") do Tarô de Marselha
Os documentos seguintes que parecem confirmar a
existência de objetos semelhantes a cartas de tarô são dois baralhos milaneses
(o Brera-Brambilla e o Tarô Cary-Yale) — fragmentários, infelizmente — e três
documentos, todos da corte de Ferrara, na Itália. Não é possível datar os
conjuntos de cartas, mas estima-se que tenham sido manufaturados por volta de
1440. Os três documentos datam de 1.º de janeiro de 1441 a julho de 1442, com o
termo trionfi registrado pela primeira vez em fevereiro de 1442. O documento de
janeiro de 1441, que usa o termo trionfi,
não é considerado confiável; contudo, o fato de o mesmo pintor, Sagramoro,
ter sido comissionado pelo mesmo patrão, Leonello d'Este — como no documento
de fevereiro de 1442 — indica que é ao menos plausível um exemplo do mesmo
tipo. Depois de 1442 há uns sete anos sem quaisquer exemplos de material
semelhante. O jogo parece ter ganhado importância no ano de 1450, um ano de
jubileu na Itália, que presenciou muitas festividades e um grande movimento de
peregrinos.
Os motivos especiais das cartas de trunfo,
adicionados às cartas de naipe, parecem ter sido ideologicamente determinados.
Especula-se que elas tragam um sistema específico que leva mensagens de
diferentes conteúdos. Os exemplares mais antigos mostram idéias filosóficas,
sociais, poéticas, astronômicas e heráldicas, bem como um grupo de antigos
heróis romanos, gregos e babilônicos — como no caso do Tarô Sola-Busca (1491) e no
poema do Tarô Boiardo (entre 1461 e 1494). Por exemplo, o tarô mais antigo que
se tem notícia, descrito no livreto de Martiano, foi confeccionado para
mostrar o sistema de divindades gregas, um tema que estava em moda na Itália. Sua
produção pode muito bem ter acompanhado uma celebração triunfal do comissário Filippo
Maria Visconti, duque de Milão, significando que o propósito do baralho
era expressar e consolidar o poder político em Milão (como era comum para
outros artesãos da época). Os quatro naipes traziam quatro pássaros, motivos
que frequentemente apareciam na heráldica dos Visconti, e ordem
específica dos deuses conotava que o baralho pretendia trazer uma os Visconti
se identificavam como descendentes de Júpiter e Vênus (vistos não como deuses
mas como heróis deificados).
Os primeiros baralhos conhecidos parecem ter
trazido o número padrão de dez cartas de naipe numeradas, mas com apenas reis
como figuras, e dezesseis trunfos. O padrão posterior (de quatro naipes com
quatorze mais vinte e duas) levou tempo para se estabelecer; baralhos trionfi
com setenta cartas só começaram a ser documentados em 1457. Nenhuma evidência
corrobora com o formato final de setenta e oito cartas existente antes do poema
dos tarocchi Boiardo e Sola Busca.
Baralho
de Visconti-Sforza
As mais antigas cartas de tarô existentes são de
três conjuntos dos meados do século XV, todos feitos para membros da família
Visconti. O primeiro baralho é
conhecido como Tarô Cary-Yale (ou Tarô Visconti-Modrone), que foi criado
entre 1442 e 1447 por um pintor anônimo para Fillipo Maria Visconti. As cartas (apenas sessenta e seis), estão
hoje na Biblioteca da Universidade de Yale, em New Haven. Mas o mais famoso
desses baralhos antigos foi pintado em meados do século XV para celebrar o
governo de Milão por Francesco Sforza e sua esposa Bianca
Maria Visconti, filha do duque Fillipo Maria. Provavelmente, essas
cartas foram pintadas por Bonifacio Bembo, mas algumas das
cartas foram pintadas por miniaturistas de outra escola. Das cartas originais,
trinta e cinco estão na Morgan Library & Museum, vinte e seis na Accademia
Carrara, treze estão na Casa Colleoni e duas, 'O Diabo' e 'A Torre', estão
perdidas, ou possivelmente omitidas. Este baralho "Visconti-Sforza",
que foi bastante reproduzido, combina os quatro naipes de ouros, espadas, copas
e paus e as cartas da corte rei, rainha, cavaleiro e valete com cartas de
trunfo que refletem a iconografia da época num grau significativo.
Por muito tempo, as cartas de tarô permaneceram um
privilégio das classes altas e, embora alguns sermões do século XIV advertissem
para o mal existente nas cartas, a maioria dos governos civis geralmente não
condenava as cartas de tarô nos seus primórdios. De fato, em algumas
jurisdições, as cartas de tarô eram especialmente isentas das leis que proibiam
os jogos de cartas.
Baralhos
posteriores: séc. XVI–XX
Como os tarôs antigos eram pintados à mão,
estima-se que o número de baralhos produzidos era um tanto pequeno, e foi
apenas depois da invenção da imprensa que a produção em massa de cartas se
tornou possível.
Durante a fase de produção artesanal das cartas,
desenvolveram-se muitas variedades regionais com diferentes sistemas de naipes
e também na ordem dos trunfos. Com a expansão do jogo do tarô pela Europa —
originalmente um jogo italiano, espalhou-se pelo sul da França, Suíça, Bélgica,
sul da Alemanha e pelo então Império Austro-Húngaro — e com a mudança da
produção artesanal das cartas para uma produção em grande escala, a produção das
cartas passou por um processo de padronização. Assim, antes do século XVIII os
fabricantes de cartas italianos já haviam padronizado as figuras representadas
nos trunfos — mesmo que elas fossem desenhadas de maneira diferente pelos
diferentes fabricantes. Além disso, havia variações regionais nas regras do
jogo no que diz respeito à ordem dos trunfos. Até fins do século XVII, o
principal centro produtor de cartas era Milão e a partir dessa cidade o jogo
expandiu-se para o sul da França e outras regiões. Os tarôs produzidos na
França baseavam-se assim no tarô milanês. No fim do século XVII, a indústria de
cartas milanesa sofreu um colapso e o tarô vindo do sul da França passou a
dominar o mercado de cartas.
Vários baralhos sobreviveram desde essa época vindos
de várias cidades na França — o mais conhecido deles foi um baralho da cidade
de Marselha, e assim denominado Tarô de
Marselha. Por volta da mesma época, o termo tarocchi apareceu. Dessa forma o assim chamado Tarô de Marselha — por ser produzido
nessa cidade — difundiu-se pela Lombardia e influenciou a produção de cartas em
outras regiões da Itália e da Europa. Em meados do século XVIII uma versão
derivada do Tarô de Marselha, o
chamado Tarô de Besançon, já dominava o mercado de cartas de tarô em todas as
parte, exceto nas regiões que hoje formam a Itália e a Bélgica.
Os tarôs até então usavam o mesmo sistema de naipes
que era na época usado na produção das cartas de baralho comuns — os chamados
naipes espanhóis. Em 1470 os fabricantes de cartas franceses desenvolveram o
chamado sistema francês, que são os símbolos usados nas cartas de baralho
atuais. Esse sistema, mesmo sendo mais simples de imprimir, não se difundiu
muito depressa e foi usado primeiramente para os baralhos comuns. Somente por
volta de 1750 na Alemanha foram produzidos os primeiros tarôs com naipes
franceses e até o pricípio do século XIX já haviam substituído em praticamente
toda a Europa os tarôs tradicionais para fins de jogo. Os novos tarôs
caracterizam-se por uma maior liberdade na representação dos trunfos: as
figuras tradicionais foram substituídos por ilustrações coloridas. Esse tipo de
cartas é usado atualmente para o jogo.
Sul Italiano
Espanhol Português Alemão |
Spade
Espadas Espadas Schwerter |
Coppe
Copas Copas Kelche |
Ori
Oros Ouros Münzen |
Bastoni
Bastos Paus Stäbe |
Naipes do baralho italo-espanhol
|
||||
Norte Italiano
Francês Inglês Português Alemão |
Picche
Pique Spades Espadas Pik |
Cuori
Coeur Hearts Copas Herz |
Quadri
Carreau Diamonds Ouros Karo |
Fiori
Trèfle Clubs Paus Kreuz |
Naipes do baralho francês
|
Do Jogo de
Cartas
Baralho Comum
Um dos
usos do baralho de tarô é o jogo de cartas. O jogo de tarô é conhecido sob
muitas variações (muitas delas culturais), cujas regras básicas são
apresentadas pela primeira vez no manuscrito de Martiano da Tortona antes
de 1425. As referências seguintes são de 1637. Na Itália o jogo se tornou menos
popular; uma versão, o Tarocco Bolognese: Ottocento conseguiu sobreviver e
ainda há outras versões jogadas no Piemonte, mas o número de jogos fora da
Itália é bem maior, todos ligados ao nome tarô, na França, e tarock, nos países
germânicos e eslavos.
Método
A
leitura do tarô é executada por meio de uma técnica específica, jogos e métodos
a serem estudados. Porém, tem-se observado não ser tão simples jogar o tarô,
como o imaginário popular o faz crer. Médiuns, escolhidos ou estudiosos devem
seguir um longo estudo para uma leitura séria de tarô, cada qual dentro de seu
contexto. Num processo mediúnico, o tarô, seria uma ligação espiritual entre o
ser e o plano superior como qualquer outro instrumento o faria, tais como, a
cristalomancia ou a piromancia. Por outro lado, existem as técnicas de leitura
baseadas numa teoria consistente que, neste caso, serve tanto às leituras
quanto à busca por autoconhecimento e o desenvolvimento espiritual.
Cartas
de Tarô para jogar.
Usa-se
um baralho de tarô para jogar. Os assim chamados "baralhos
esotéricos" geralmente não são ideais para se jogar, porque, por exemplo,
faltam símbolos e indicações nas quinas das cartas. Um baralho típico para se
jogar é o francês de formato padrão, o chamado Tarot Nouveau, com naipes
franceses iguais aos do baralho comum de cinquenta e duas cartas. O baralho
Tarot Nouveau apresenta trunfos que trazem cenas tradicionais de atividades
sociais da França, em níveis crescentes de prosperidade; isso difere do caráter
e da ideologia das cartas dos baralhos italianos como o Tarocco Piemontês ou o Tarocco
Bolonhês, ou o Tarô Rider-Waite ou o Tarô
de Marselha mais conhecidos da cartomancia.
Tarocco Piemontês
Tarocco Bolonhês
Baralho Art Nouveau; Autor: Matt Myers, feito
em 1989.
Sem mencionar
que veio sendo fabricado artesanalmente, e posteriormente, a fabricação passou a ser de alta escala, industrialmente.
(Veja aqui)
Outros baralhos de tarô (tarot/tarock/tarocco), populares na
Itália, Espanha, Suíça e Áustria, usam os naipes latinos de espadas, bastões,
taças (copas) e moedas (outros), ou os naipes alemães de corações, sinos,
bolotas e folhas. O caracteres representados nos trunfos são semelhantes aos
encontrados nos tarôs italianos; os baralhos alemães são os que menos
tipicamente seguem essas caracterizações.
O baralho de tarô de 78 cartas, diferente do baralho comum, contém:
Baralho usado para o Jogo de Tarot
14 cartas, cada um dos quatro naipes: 10 cartas numeradas de um (ou ás) a dez, mais
as figuras, que no jogo de tarô são quatro: Rei, Dama, Cavaleiro e Valete;
21 trunfos, conhecidos no tarô esotérico como arcanos maiores,
cuja função no jogo é um naipe permanente de trunfos;
1 carta sem número chamada Curinga, ou o Louco dos baralhos
esotéricos, conhecido nos jogos de tarô como a Desculpa, chamada assim porque o
jogador pode usá-la como "desculpa" para não seguir o naipe regente da
vaza — mas às vezes atua como o trunfo mais forte.
Arcanos Maiores do Taro de Marselha.
Como
certas regiões adotaram jogos de tarô que usam um baralho incompleto, os
próprios baralhos se tornaram especializados. Um maço "completo" de
tarô como o do jeu de tarot contém todas as 78 cartas e pode ser usado para
qualquer jogo do gênero; muitos baralhos de tarock austríacos e húngaros e de
tarocco italiano, contudo, apresentam um conjunto menor de cartas adequado
somente para jogos dessas regiões particulares.
Scapini - Luigi Scapini
O TARÔ ESOTÉRICO
O termo Tarô
esotérico refere-se ao uso das cartas de tarô como parte integrante do
ocultismo moderno, juntamente com a astrologia, a alquimia e a cabala.
A HISTÓRIA DO TAROT ESOTÉRICO
A
primeira grande publicidade acerca do uso divinatório do tarô veio de um
ocultista francês chamado Alliette, sob o pseudônimo de "Etteilla"
(seu nome ao contrário), que atuou como vidente e cartomante logo depois da
Revolução Francesa. Etteilla desenhou o primeiro baralho esotérico, adicionando
atributos astrológicos e motivos "egípcios" a várias cartas,
elementos alterados do Tarô de Marselha, e incluindo textos com significados
divinatórios escritos nas cartas. Mais tarde Mademoiselle Marie-Anne Le
Normand popularizou a divinação durante o reinado de Napoleão I, pela
influência que exercia sobre Josefina de Beauharnais, primeira esposa do
monarca. Contudo, ela não usava o tarô típico.
O Baralho de Etteila
Sobre ETTEILA (Mais dele)
Jean Baptiste Alliette (1738-1791), mais conhecido como Etteilla, foi um
francês que fabricava perucas e dava aulas de álgebra. Ele inverteu as letras
de seu nome para torná-lo mais atraente para o exercício das práticas
divinatórias. Ele se considerava um “mestre da cartomancia” e foi o primeiro
homem ligado à leitura da sorte através das cartas. Foi um dos discípulos de Gebelin
e dizia ser aluno do Conde de Saint Germain, um mago
alquimista que teria mais de 2000 anos e o descobridor do elixir da longa vida.
Etteila estava sempre atento as novidades ao seu redor, e pouco tempo
depois da publicação da obra de Gebelin, ele lançou o seu “Grande Etteilla” ou
“Livro de Thoth”, endossando a origem egípcia do Tarot e afirmando que o
baralho original havia sido escrito em folhas de ouro num templo de Memphis.
Em 1778 fundo a “Sociedade de Intérpretes do Livro de Thoth”, a primeira
associação dedicada à leitura de cartas. Sua intenção era revelar “a chave dos
78 hieróglifos que estão no Livro de Thoth, obra de 17 magos, descendentes de
Mercúrio-Thot”.
Ele foi o primeiro cartomante homem profissional de renome. Tinha o dom
da palavra e conhecimentos gerais dos símbolos e da Cabala. Escreveu vários
livros e desenhou diversos Tarots com um significado mais profundo, mudando o
desenho dos arcanos e a ordem das cartas, alegando assim restaurar o verdadeiro
e antigo simbolismo das cartas.
Sua bem sucedida popularização sobre a origem egípcia do Tarot reverteu
a favor de Gebelin, que até hoje está intimamente associado ao tema egípcio do
Tarot. Etteilla era amigo de Mdlle Lenormand, a criadora do “Petit Lenormand”
(baralho cigano), sua discípula e segundo maior nome mundial da cartomancia.
Ele e sua obra também influenciaram fortemente o trabalho de Papus com o Tarot
dos Boêmios.
O Livro de Thot; Etteila
Sobre GÉBELIN
Prudência, no livro Monde primitif de
Gébelin (1781),
corresponde ao Pendurado no Tarô de
Marselha
e baralhos tradicionais.
Baralho de Gebelin
Antoine
Court de Gébelin (originalmente Antoine Court) (1719?-84), Pastor Protestante
suíço, fancófono e ocultista, que iniciou o movimento público para interpretar
o Tarô como depositário atemporal de Sabedoria Esotérica.
“Se alguém pretendia anunciar que ainda
existe uma Obra Egipcia antiga,
um de seus livros que
escapou das chamas que tragaram suas extraordinárias Bibliotecas,
e que contém seus mais altos ensinamentos
sobre objetos fascinantes...
Você não acreditaria
que ele quer se divertir, enganar seus Leitores?”
Antoine
Court de Gébelin em Tarot, Monde primitif
Antoine Court de Gébelin foi um dos
maiores pesquisadores e estudiosos do Tarot. Após vários anos de pesquisa
acabou por concluir (apesar de nunca apresentar provas concretas) que o Tarot é
originário do Antigo Egito, sendo uma versão do lendário Livro de Thoth, com
pequenas alterações. O livro matriz teria sido elaborado pelo próprio Thoth, em
lâminas de ouro, e, segundo o esoterista Paul Christian, estaria oculto num
templo próximo da cidade de Mênfis, no Egito.
Outro intelectual francês, Eliphas
Lévi iniciou seus estudos sobre Tarot em 1856. O seu verdadeiro nome
era Alphonse Louis Constant, um sacerdote católico. Filósofo e escritor de
extraordinária cultura, Lévi relacionou os vinte e dois Arcanos Maiores do
Tarot com as vinte e duas letras do alfabeto hebraico e apontou estreitas
ligações entre eles e a Árvore da Vida dos cabalistas, cuja estrutura básica
compõe-se igualmente de vinte e dois caminhos que interligam as dez sephirot. Pesquisador
incansável, Éliphas Lévi escreveu vários livros de fundamental importância para
os estudiosos do ocultismo, entre os quais Dogma
e Ritual da Alta Magia, que se divide em duas partes compostas de
vinte e dois capítulos cada uma. Embora não seja abertamente declarado, cada
capítulo corresponde a profundas reflexões sobre os vinte e dois Arcanos
Maiores. Este livro e a associação à Cabala proporcionaram ao Tarot a sua
definitiva ascensão aos mais altos graus de interesse dos ocultistas do final
do século XIX até aos dias atuais.
http://pt.scribd.com/doc/123690/Dogma-e-Ritual-de-Alta-Magia-Eliphas-Levi
Sobre Papus (Mais dele)
Papus
Grande Ocultista foi Gerard Encause, ou Papus.
Ele também relacionou o Tarot ao alfabeto hebraico e à Cabala. Médico do
exército francês e membro da obra Cabalista Rosa-Cruz, Papus publicou a sua
primeira obra aos 19 anos. Criou um baralho baseado no Tarot de Gebelin, com
desenhos de inspiração egípcia e seguindo a relação Arcanos-Letras do Dogma e
Ritual da Alta Magia. Os seus conceitos estão expostos nos livros o Tarot dos Boêmios e o Tarot Adivinhatório.
Baralho de Papus
Link
para baixar o Tarot dos Boêmios (Em inglês)
Sobre Waite
Waite
Baralho de Waite
Dr. Edward Waite (1857 – 1942) desenvolveu
e concebeu o seu radical e ímpar baralho de Tarot (posteriormente denominado Tarot de Rider Waite) com a ajuda da
artista Pamela Colman Smith. Este foi um dos primeiros Tarots a ilustrar
completamente os 78 arcanos e não apenas os 22 arcanos maiores. As obras de
Waite sobre o Santo Graal foram particularmente notáveis e alguns dos seus
livros ainda hoje se mantêm em catálogo, como o “Book of Ceremonial Magic” e “The
Holy Kabbalah”. . Edward Waite afirmava que o Tarot incorporava as representações
simbólicas das idéias universais, por trás das quais estão todos os
subentendidos da mente humana.
OSWALD WIRTH
http://en.wikipedia.org/wiki/Oswald_Wirth
Oswald
Wirth (1860, Brienz, Cantão
de Berna - 1943) era um ocultista suíço, artista e autor de livros, tais como,
“The
Tarot dos Magos” (“O Taro
dos Magos”), livro em que contribuiu para os estudiosos de Tarot,
principalmente, pelo ponto chave deste livro: a exploração astronômica, ao
invés de se restringir a Astrologia, em suas associações com Arcanos Menores.
http://www.tarotpedia.com/wiki/Wirth,_Oswald#Books_on_this_author
Ele
estudou o esoterismo e simbolismo com Stanislas de Guaita, e em 1889 ele
criou um conjunto de trunfos de Tarot baseado no baralho de Marselha. Seus interesses
também incluíram a Maçonaria e Astrologia. Assim, também fez uma
correspondência com as letras hebraicas.
Sobre Aleister Crowley
(Ver mais)
"Faze o
que tu queres será o todo da Lei" (AL I:40)
"Amor é
a lei, amor sob vontade" (AL I:57)
Uma das figuras mais prestigiadas do
século XX foi o ocultista britânico Aleister Crowley. Dono de uma personalidade
controversa e de um invejável senso de autopromoção, tornou-se uma figura de
expressão no cenário ocultista e também fora dele. Na década de 40 do século
XX, Crowley juntamente com Lady Frieda Harris, criaram o famoso Tarot de Thoth
que inclui elementos simbólicos egípcios, gregos e orientais. Crowley
acreditava que o Tarot era um conjunto de informação secreta, uma força viva e
uma chave para o mundo que habita no inconsciente.
Baralho de Crowley
Sobre JUNG
No decorrer do século XX, a psicologia
teve uma influência determinante na criação e elaboração de novos baralhos que
incorporam conscientemente novos e fascinantes elementos psicológicos. Nesse
contexto e com os novos conhecimentos divulgados por Jung e outros
pesquisadores passou-se a adotar uma postura mais científica em relação ao
simbolismo do Tarot. O ser humano passou a compreender melhor os fenômenos
parapsicológicos e as profundezas da mente e do subconsciente.
Livro de Taro e JUNG
Os arquétipos do Tarot para Jung
Mas os dois caminhos que distinguimos se prestam, ainda, a outras
interpretações. Carl Gustav Jung
vê neles os dois aspectos da luta do homem contra os outros e contra si mesmo;
a via solar da extroversão e da ação, da reflexão prática e teórica de
motivação racional; e a via lunar da introversão, da contemplação e da
intuição, em que as motivações são de ordem sensível, imaginativa e global.
Observamos também que aparecem, no tarot, vários arquétipos essenciais: a
Mãe (Papisa, Imperatriz, Julgamento), o Cavalo (Carro),
o Velho (Imperador, Papa, Eremita, Julgamento), a Roda (Roda
da fortuna), a Morte, o Diabo, a Casa ou a Torre
(Habitação Divina, Lua), o Pássaro (Estrela, Mundo), a Virgem,
a Fonte, a estrela (Estrela), a Lua, o Sol,
os Gêmeos (Diabo, Sol), a Asa (Enamorado, Temperança,
Diabo, Julgamento, Mundo), a Chama (Habitação Divina)..
Qualquer que seja o valor de todos esses pontos de vista, não devemos
esquecer que o Tarot não se submete inteiramente a nenhuma tentativa de
sistematização: há sempre alguma coisa que nos escapa. O seu aspecto
divinatório não é o menos difícil de ser apreendido. Não o consideraremos aqui,
pois as combinações são infinitas e as interpretações, mesmo que se baseiam em
símbolos que tentamos esclarecer, exigem uma educação da imaginação que só se
adquire com longa prática e uma grande reserva de julgamento.
Desde
então as cartas de tarô são associadas ao misticismo e à magia. O tarô não foi
amplamente adotado pelos místicos, ocultistas e sociedades secretas até os
séculos XVIII e XIX. A tradição começou
em 1781, quando Antoine Court de Gébelin , um clérigo protestante suíço, e
também maçom, publicou Le Mond Primitif, um estudo
especulativo que incluía o simbolismo religioso e seus remanescentes no mundo
moderno. De Gébelin primeiro afirmou que o simbolismo do Tarô de Marselha
representava os mistérios de Ísis e Thoth. Gébelin também afirmava que o nome
"tarot" viria das palavras egípcias tar, significando "rei,
real", e ro, "estrada", e que por conseguinte o tarô
representaria o "caminho real" para a sabedoria. Dizia o autor que os
ciganos, que estavam entre os primeiros a usar o tarô para uso divinatório,
eram descendentes dos antigos egípcios (daí a semelhança entre as palavras
gypsy e Egypt, em inglês, mas isso na verdade é um estereótipo para qualquer
tribo nômade), e introduziram as cartas na Europa. De Gébelin escreveu esse
tratado antes de Jean-François Champollion ter decifrado os hieróglifos
egípcios, ou de fato ter sido descoberta a Pedra de Roseta, e, mais tarde, os
egiptólogos não encontraram nada que corroborasse a etimologia fantasiosa de
Gébelin. Apesar disso, a identificação do tarô com o "Livro de Thoth"
já estava firmemente estabelecidas na prática ocultista e segue como uma lenda
urbana até os dias de hoje.
Tarot Hermético
A
concepção de que as cartas são um código místico foi mais profundamente
desenvolvido por Eliphas Lévi (1810-1875)
e foi difundida para o mundo pela Ordem Hermética da Aurora Dourada. Lévi, e
não Etteilla, é considerado por alguns o verdadeiro fundador das modernas
escolas de Tarô. Sua publicação Dogme et Rituel de la Houte Magie ("Dogma
e Ritual da Alta Magia"), de 1854, introduziu uma interpretação das cartas
que as relacionava com a Cabala Hermética. Enquanto aceitava a origem egípcia
do tarô proposta por Court de Gébelin, o autor rejeitava
as inovações de Etteilla e seu baralho alterado, e por sua vez delineava um
sistema que relacionava o tarô, especialmente o Tarô de Marselha, à Cabala
Hermética e aos quatro elementos da alquimia.
Eliphas Levi
O tarô
divinatório era cada vez mais popular no Novo Mundo a partir de 1910, com a
publicação do Tarô de Rider-Waite (elaborado e executado por dois membros da
Aurora Dourada), que substituía a tradicional simplicidade das cartas numeradas
de naipe por cenas simbólicas. Este baralho também obscureceu as alegorias
cristãs do Tarô de Marselha e dos baralhos de Eliphas Lévi mudando alguns
atributos (por exemplo trazendo "O Hierofante" no lugar de "O
Papa", e "A Alta Sacerdotisa" no lugar de "A Papisa").
O Tarô Rider-Waite ainda é muito popular no mundo anglófono.
Desde
então, um número enorme de baralhos diferentes tem sido criado — alguns
tradicionais, outros vastamente diferentes. O uso divinatório do tarô, ou como
um compêndio simbológico, inspirou a criação de inúmeros baralhos oraculares.
São baralhos para inspiração ou divinação contendo imagens de anjos, fadas,
deuses, forças da natureza etc. Embora obviamente influenciados pelo tarô, eles
não seguem sua estrutura tradicional: algumas vezes omitem ou trocam alguns dos
naipes, outras vezes alteram significativamente o número e a natureza dos
arcanos maiores.
Estrutura do Tarot Esotérico
O tarô
esotérico é constituído de 78 arcanos e se encontra dividido em dois grandes
grupos:
Arcanos Maiores do Taro de Marselha.
1) Arcanos maiores
Os
arcanos maiores possuem 22 símbolos arquetípicos que revelam os estados
latentes das idéias e possibilidades da vida, a saber:
1. O Mago
2. A Sacerdotisa - A Papisa3. A Imperatriz
4. O Imperador
5. O Papa
6. Os Enamorados
7. O Carro
8. A Força
9. O Eremita
10. A Roda da Fortuna
11. A Justiça
12. O Enforcado
13. A Morte
14. A Temperança
15. O Diabo
16. A Torre
17. A Estrela
18. A Lua
19. O Sol
20. O Julgamento
21. O Mundo
22. O Louco
2) Arcanos menores
Os
Arcanos menores que expressam os resultados e as formas das idéias, contidos no
primeiro conjunto, possui 56 arcanos distribuídos por quatro símbolos básicos:
o Naipe de Ouros, o Naipe de Espadas, o Naipe de Copas e o Naipe de Paus. Por
sua vez, cada naipe, possui dez arcanos numerados e quatro arcanos com figuras
da corte medieval (Valete, Cavaleiro, Rainha, Rei).
Naipe de ouros
O naipe
de ouros está relacionado ao elemento terra, portanto à vida material, às
conquistas financeiras, profissionais e a tudo que, enfim, representa aquilo
que pode ser tangível em termos materiais. No naipe de ouros existe a
possibilidade de se conseguir conquistar a segurança material com trabalho,
disciplina e esforço. O ser humano é ambicioso e a ambição tem relação como o
naipe de ouros. Outra característica do naipe de ouros é a dedicação, o
esforço, o empenho dedicados aos estudos e ao trabalho.
Naipe de Espadas
O naipe
de espadas liga-se ao elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da
mente e do pensamento.
Naipe de Copas
No
tarô, o naipe de copas é ligado ao elemento água e ao mundo dos sentimentos,
sendo o símbolo da taça relacionado ao coração, como receptáculo das nossas
emoções.
Naipe de Paus
O naipe
de paus corresponde ao elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado.
Representado pelo bastão, está ligado ao fazer e à criatividade.
Um caminho de evolução em direção á sabedoria
Só diante do mundo,
o homem busca o caminho da sabedoria na aquisição de um domínio duplo: o do
mundo exterior e o do seu universo interior. Esse domínio provém de uma
iniciação progressiva que, por sua vez, distingue duas vias, duas formas ou
duas fases principais, de predominância ativa ou passiva, solar ou lunar.
A primeira se baseia na exaltação do princípio de iniciativa individual,
na razão e na vontade. Convém ao erudito que tem sempre o domínio de si mesmo, que só conta
com os recursos da sua própria personalidade, sem esperar ajuda das influências
exteriores. A segunda é totalmente diferente, pois toma uma posição
exatamente contrária á da primeira. Longe de desenvolver o que tem dentro
de si e de dar de acordo com toda a expansão de suas energias intimas, o
místico deve ficar em estado de receber em toda a medida de uma
receptividade especialmente cultivada (WIRT, 49).
Assim,
de dois em dois, o racional e o místico - como o masculino e o feminino – se
opõem e se completam. A força (XI) e o Enforcado (XII), por exemplo, são apenas dois aspectos
de um mesmo símbolo: força exterior do arcano XI, força interiorizada e
espiritualizada do enforcado (XII). Nesse sentido, também, o Mago em busca da
iniciação se choca, primeiramente, com a Sacerdotisa (II), detentora dos
segredos do mundo: para ler no seu livro, é preciso ter inteligência da
Imperatriz (III) e do Imperador (IV). Com o papa (V), a iniciação torna-se
efetiva: o homem conseguirá elevar-se através das provas dos demais arcanos, a
primeira das quais será a tensão do Enamorado (VI), centro da primeira fileira
de cartas, pois sem o impulso afetivo nada é possível. Após essa escolha que o
compromete, o senhor do Carro (VII) pode vir a abusar do seu poder e a
orgulhar-se de sua força: a Justiça (VIII) lembrar-lhe-á a lei do equilíbrio
indispensável e, forte com o seu ideal.
Lemniscata
Ele vai partir, como um Eremita (IX) através do mundo; mas, na medida em
que o Eremita procura a verdade, julga e põe em movimento a Roda da Fortuna (X)
que dá o que ele deve receber, segundo o seu estado interior e seu próprio
desejo de evolução. Só a força (XI) pode deter a Roda da Fortuna.
No final dessa primeira via, o iniciado encontrou o que procurava; a
força usa o mesmo chapéu que o Mago: a lemniscata do signo do
infinito.
Com o Enforcado (XII), começou da segunda fileira, o iniciado entra
num mundo invertido, onde os meios materiais já não são eficazes: é a
via mística e passiva. O arcano sem nome do n° XIII indica-nos a morte,
cuja foice vermelha, cor de sangue e de fogo, corta e queima as ilusões, e que,
longe de ser um fim, é um começo. Mas, nessa nova vida que nos é prometida, não
se deve forçar as etapas: as exigências da Temperança (XIX) são as mesmas que
as do Eremita (VIII); é só depois de ter tomado consciência dos seus limites e
adquirido o equilíbrio interior que o homem poderá enfrentar o Diabo (XV),
símbolo da mais grave tentação, a que nos promete poderes ocultos tão grandes
quanto os claros poderes de Deus, mas que tecem ligações igualmente grandes com
a força diabólica.
Infelizmente, as construções do orgulho humano estão todas destinadas á
queda, e eis a Torre fulminada da Habitação divina (XVI). Daí em diante, só a
estrela (XVII) de Vênus resta ao homem, dupla estrela de esperança e de amor,
centro da segunda fileira de cartas e base do eixo vertical do tarô. Como a Lua
(XVIII) acompanha a estrela no céu físico, ela a segue no mundo simbólico do
tarot, condutora dos valores do passado, rica de todo o inconsciente, domínio
do imaginário onde são reforçados os devaneios. Sem a aliança da Estrela e da
Lua, não poderíamos enfrentar a luz e o fogo do sol (XIX), arcano da iluminação
total, sob o qual, pela primeira vez, o homem não está mais só. A partir de
então, ele pode ser julgado na sua totalidade, nele próprio e nas suas obras. O
seu filho, aos olhos do anjo do juízo (XX), simbolizará a testemunha. Alcançou
o cume da iniciação, e o mundo (XXI) só existe como síntese do que ele
adquiriu. Conseguiu operar a transmutação do mundo objetivo em valor psíquico,
i.e., em linguagem alquímica que, tendo saído junto com o Mago da
matéria-prima, vai chegar ao ouro (DELT, 11, 488).
Assim, enquanto a primeira via da iniciação conduzia á força (XI),
condição do Mago que realizou o seu programa (WIRT, 53), a segunda via,
a da mística, parte do Enforcado (XII) e nos conduz ao Louco, cuja passividade
reveste-se, aqui, de um caráter sublime (WIRT, 55). É aquele que, depois
de ter obtido deste mundo tudo o que ele pode dar, reconhece que não possui
nada válido e, em consequência, volta ao desconhecido, ao não conhecível que
precede a vida e continua após ela. Diante
desse duplo impasse, só nos é possível continuar a procurar, tendo, porém,
enfim admitido na nossa inteligência e aceito nos sofrimentos da nossa carne,
que há uma diferença entre a nossa diferença entre a nossa natureza e a de
Deus; a única relação possível com ele reside na esperança, no abandono e no
amor. Essa é a ultima lição do tarô concebido como um caminho iniciático.
Seria pouco dizer que vivemos num
mundo de símbolos: um mundo de símbolos vive em nós. Da psicanálise à
antropologia, da crítica de arte à publicidade e à propaganda ideolágica ou
política, ciências, artes e técnicas tentam, cada vez mais, atualmente,
decifrar a linguagem dos simbolos, não só para ampliar o campo do conhecimento
e aprofundar a comunicação, como também para domar uma energia de um tipo
especial, subjacente aos nossos atos, reflexos, tendências e repulsões, das
quais apenas começamos a vislumbrar o extraordinário poder. Anos de reflexão e
de estudos comparativos sobre um conjunto de informações reunidas por uma
equipe de pesquisadores, abrangendo áreas culturais através do desenrolar da história
e da extensão do povoamento humano, levaram os autores a demonstrar o caráter
profundo da linguagem simbólica, tal como ela se subdivide nas camadas ocultas
da nossa mente. Todos sentirão a importância deste Dicionário. Mais de 1600
artigos, entrelaçados por comparações e remissiva, muitas vezes reestruturados
após longa maturação, permitem o desvendar do símbolo melhor do que a razão por
seus próprios meios. Este conjunto único abre as portas do imaginário, induz o
leitor a refletir sobre os símbolos.
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Alfabética de Sites de Tarot:
80's Tarot- http://www.notsoswift.com/amindandacard/80starot/
Alleged Tarot- http://www.alleged.org.uk/pdc/tarot/svg.html
Ancestral Path- http://www.bluecatsden.com/bluecat1.html
Ancient Minchiate Etruria - http://tarot.org.il/Minchiate%20Etruria/
Ancient Minchiate Tarot -http://www.theminchiman.com
Animal Tarot - http://www.tarotpassages.com/animalpg.htm
Archetype Storytelling Deck - http://thecards.com/fullpage/index.html
Arcus Arcanum (Mirror of fate) - http://www.gambler.ru/sukhty/decks02/d00303/d00303.htm
Arcus Arcanum w borders & Astrological symbols (Gregori Tarot) - http://www.gambler.ru/sukhty/decks02/d00813/d00813.htm
Artist's Inner Vision- http://www.psymon.com/tarot/about.html
Bitter Suite Tarot (major arcana) - http://www.geocities.com/~rensnce/tarot.htm
Bosch Tarot- http://arcanes.narod.ru/decks/bosch/bosch.htm
Blue Rose Tarot- http://www.tarotpassages.com/pgtar1.htm
Camoin Bicentennial Tarot de Marseille - http://www.tarotforum.net/showthrea...&threadid=19614
Constantini Minchiate Fiorentine 1980 http://www.theminchiman.com
Connolly Tarot (Universal Tarot) - http://www.gambler.ru/sukhty/decks/d00212/d00212.htm
Cosmic Tarot - http://www.angelpaths.com/decks/cosmic/index.html
Cosmic Tribe Tarot- http://www.stevee.com/pages/t.fs.html
Dance of Life- http://www.danceoflife.org/
David's Tarot - http://10000things.com/tarot.php
Diamond Tarot - http://www.angelpaths.com/decks/diamond/index.html
Dollar Tarot - http://www.mineralarts.com/artwork/DollarTarot.html
Dragon Tarot- http://www.angelpaths.com/decks/dragontarot/index.html
Durer Tarot (Dürer Majors)- http://www.gambler.ru/sukhty/decks02/d00814/d00814.htm
Eat Poo Tarot - http://tarot.eatpoo.com/
Etruria Minchiate - http://www.tarot.org.il/English/
Fantastical Tarot - http://www.angelpaths.com/decks/fantastical/index.html
Fey Tarot - http://www.tarot.com.tw/tarot/fey78/view.htm
Fiorentine Historical Minchiate - http://www.tarot.org.il/English/
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Greenwood Tarot- http://www.herebedragons.co.uk/chesca/cp/green.htm
Healing Tarot- http://www.bluewitch.com/healingtarot/cards.htm
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Thoth (scans & card commentaries by site visitors. "click on cards" folder) -
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Vertigo - http://www.elsewhere.org/tarot/vertigo/
Victoria Regina Tarot- http://www.thefool.com/index.html
Vikings Tarot - http://www.tarot.com.tw/tarot/vik78/view.htm
Visconti Sforza (Dal Negro) - http://www.gambler.ru/sukhty/decks05/d02046/d02046.htm
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*As mais antigas cartas de Tarot
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