sexta-feira, 17 de junho de 2011

Arcano XIII (13) - A Morte



13o ARCANO – A MORTE (O Umbral)


   


O 13º Arcano é figurado por um esqueleto segando as cabeças num prado, de onde saltam, para a direita e para a esquerda, mãos e cabeças de homens, à medida que a foice continua a sua obra. É o emblema da destruição e do renascimento perpétuo de todas as formas do Ente no domínio do Tempo.


 
O 13º Arcano é Morte, porém também pode significar Algo novo; pode haver riqueza, pode haver miséria, é um número de grandes sínteses.

O 13º Arcano contém o evangelho de Judas. Judas representa a morte do Eu. O Evangelho de Judas é o Evangelho da morte e a dissolução do Ego. Judas simboliza o Ego, o qual deve-se decapitar.



 
Letra hebraica: Mem
Horário: Quarta Hora de Apolônio. O neófito vagará de noite entre os sepulcros, experimentará o horror das visões, se entregará à Magia e a Goecia (isto significa que o discípulo se verá atacado por milhões de magos negros no plano astral; esses magos tenebrosos intentam afastar o discípulo da luminosa senda).
Signo: Gêmeos (Em Cabala Hermética é Escorpião/Movimento)
Planeta: Mercúrio


Axioma transcendente:

“A noite passou e chegou o novo dia,
vista-te pois com as armas da Luz”.

“Lembra-te, filho da Terra, que as coisas terrestres duram pouco tempo,
e que as mais altas potências são cortadas como a erva dos campos.
A dissolução dos teus órgãos físicos se dará mais cedo do que esperas;
porém não a temas, pois a morte é apenas a participação de outra vida.
O universo reabsorve sem cessar tudo o que, saído do seu seio, não se espiritualizou.
Porém, a libertação dos instintos materiais por uma livre
e voluntária adesão de nossa alma às leis do movimento universal,
 constitui em nós a criação de um segundo homem,
do homem celeste, e começa nossa imortalidade”.


"A Imortalidade no ato de renovar a vida."
©Iglesias Janeiro



MEM

Mistério da água primordial.
Representa o princípio de concepção, plasmação,
renovação, renascimento, pelo que se transmutam
uns elementos em outros e o homem se prolonga em suas obras.


Gêmeos morada de Áries




PREDIÇÃO: Promete desenganos, desilusões, morte de afetos, solicitações recusadas, colapso, gozos puros e gratos à alma, melhoras de doloroso desfrute, ajuda de amigos. Renovação de condições, as boas para pior e as más para melhor.

Esta Lâmina significa morte, destruição, transformação. Libertação, mudanças exteriores, morte aparente que esconde o renascimento, radicalismo, mal que vem para bem.


Significados simbólicos


Grandes transmutações e novos espaços de realização.
Dominação e força. Renascimento, criação e destruição.

Fatalidade irredutível. Fim necessário.
Mensagem: Momentos de transformações, início de novos caminhos. Sabendo direcionar suas energias as dificuldades e bloqueios serão vencidos.

 



A Imortalidade mostra a agricultura como a inovação Egípcia na relação do homem com o seu hábitat. Gerar os próprios alimentos, é criar condições para a sobrevivência, é cultivar a própria vida. Assim este Arcano significa, os frutos adquiridos pelo próprio trabalho, e estes produzindo sementes para um futuro melhor. É um momento de reflexão, onde a pessoa está colhendo tudo o que plantou e separando o joio e o que é o trigo. Está selecionando tanto ela as sementes do presente como as dos plantios passados. Mostra reciclagem e mudanças.

Mudanças na forma de se relacionar com as pessoas, no ambiente, nos grupos sociais. Mais do que cortes do que já não interessa à pessoa, ela trás um significado de resgate de coisas que ficaram paradas no passado e que ela quer recuperar (conhecimento - pessoas - situações). Resgate dessa vida (pois a 9 e 18 mostram resgate de outras vidas).

Sempre é uma carta de mudança na forma de você se relacionar com as pessoas, e até de ambiente, pois está conseguindo incorporar um conhecimento maior que adquiriu sobre si mesmo, e assim precisa de mais espaço para atuar.


Como é uma carta que significa mudanças gerais, ela diz de cortes, no sentido de reciclagem. E ao mesmo tempo de resgate de situações e de relações do passado.

Ela pode falar da morte de uma pessoa próxima que interfere na vida da pessoa, causando mudanças, por exemplo, trazendo herança. Mas, cuidado com este significado, ele é um exemplo de associação, não necessariamente quer dizer isto ou só isto.





Interpretações usuais na cartomancia



Fim de uma fase. Abandono de velhos hábitos.

Profundidade, penetração intelectual, pensar metafísico. Discernimento severo, sabedoria drástica. Resignação, estoicismo, dom para enfrentar situações difíceis. Indiferença, desapego, desilusão.





Plano Espiritual ® A renovação da vida pela desintegração de suas partes, a liberação da essência por transformação da matéria que contém. ©Iglesias Janeiro



Encontra-se a Flor de Lis - que representa uma flor completa, pois ela tem o feminino e o masculino. Ela se polariza. É uma carta que mostra níveis de evolução vegetal: todos os símbolos que aparecem nessa carta são símbolos da vida - o trigo, os lírios, a flor de lótus ou liz.





Plano Mental ® A Ação e a reação, a dissolução que precede a formação, o indutivo que dá lugar ao dedutivo, a inércia como função do movimento.©Iglesias Janeiro



O trigo caído no chão está verde - e o trigo do Plano Material está maduro - como que se o que ele está colhendo fosse um alimento para o futuro. Esta carta mostra o melhoramento vegetal - o trigo do Plano Material é uma flor que ainda não foi diferenciada - ela não tem pétalas. O lírio do Plano Mental já é uma flor com pétalas, mas ainda não desdobradas - Significando a evolução que se dá em várias etapas.



Plano Material ® Tende aos processos que favorecem a letargia, a sonolência, a petrificação, o sonambulismo, o que se corrompe, o que se destrói, o que perece para renascer em diferente forma.©Iglesias Janeiro



Trigos, símbolo da vida. O trigo nasceu do local onde estava a múmia de Osíris, e Ísis fecundou-se com ele gerando novamente o próprio Osíris. Ressaltando o significa de mudanças e retomada de elementos importantes esquecidos no passado.





XIII. A Morte (ou Arcano sem Nome)
O Arcano das Transmutações e da Vida Eterna

 
Tarô Marselha- Camoin
Tarô de Marselha
(Baralho de Kris Hadan)
Tarô de Marselha
(Baralho de Oswald Wirth)


Esta carta, comumente designada como “Morte”, não tem nome algum inscrito no tarô de Marselha ou em suas variantes mais próximas.
Um esqueleto revestido por uma espécie de pele tem uma foice nas mãos. Do chão negro brotam plantas azuis e amarelas, e diversos restos humanos. O fundo não está colorido.
No primeiro plano, à esquerda, uma cabeça de mulher; à direita, uma cabeça de homem com uma coroa.
Um pé e uma mão aparecem também no chão; outras duas mãos – uma mostrando a palma e outra as costas – brotam atrás, ultrapassando a linha do horizonte.
O esqueleto está representado de perfil e parece dirigir-se para a direita. Maneja a foice, sobre a qual apóia as duas mãos. Em algumas variantes, seu pé direito não está visível.
Para o iniciante, mostra-se como a carta mais temível, mas os estudos simbólicos ajudam a entender um outro sentido no plano da evolução humana.




Mental: Renovação de idéias, total ou parcial, porque algo vai intervir e tudo transformar; como um fenômeno catalisador ou um corpo novo que modifica totalmente a ação do corpo atual.
Emocional: Afastamento, dispersão. Destruição de um sentimento, de uma esperança.
Físico: Morte, perdas, imobilidade. Completa transformação nos negócios ou atividades.

Sentido negativo: Do ponto de vista da saúde, estagnação de enfermidade ou processo. A morte poderá ser evitada, mas em troca de uma lesão incurável. Segundo sua posição, pode significar a morte, em seus múltiplos matizes, mas também maus acontecimentos, más notícias.
Prazo fatal. Xeque-mate inevitável, mas não provocado pela vítima.
Ânimo baixo, pessimismo, perda de coragem. Interrupção de um processo para começar de modo diametralmente oposto.



Este Arcano exprime:

No MUNDO DIVINO O movimento perpétuo da criação, destruição e renovamento.
No MUNDO INTELECTUAL A ascensão do Espírito às esferas divinas.
No MUNDO FÍSICO A morte natural, isto é, a transformação da natureza humana, chegada ao termo do seu último período orgânico.


Lâmina 13 – A MORTE (O Umbral)



O véu ou máscara da vida se perpetuou em mudanças, transformações e passagens do inferior para o superior, e isso é melhor representado no Tarô retificado por uma das visões apocalípticas do que pela crua noção de esqueletos ceifadores. Atrás disso jaz todo o mundo de ascensão no espírito. O cavaleiro misterioso move-se devagar, trazendo uma bandeira negra com o brasão da Rosa Mística, que significa vida. Entre duas colunas, na orla do horizonte, brilha o sol da imortalidade. O cavaleiro não traz qualquer arma visível, mas o rei, o filho e a donzela caem diante dele, enquanto um prelado, de mãos postas, espera o seu fim.
Não é preciso salientar que a sugestão da morte que apresentei relacionada com a carta anterior tem, sem sombra de dúvida, de ser compreendida misticamente, mas não é esse o caso no presente exemplo. A natural passagem do homem para o próximo estágio de seu ser é ou pode ser uma forma de seu progresso, mas a estranha e quase desconhecida admissão, enquanto ainda nesta vida, no estado de morte mística constitui uma mudança na forma de consciência e a passagem para o qual a morte ordinária não é o caminho nem a porta. As explicações ocultistas existentes da décima terceira carta são, em seu conjunto, melhores que as habituais, renascimento, criação, destino, renovação e repouso.
 
13. A Morte — Fim, mortalidade, destruição, corrupção; também, para um homem, a perda de um benfeitor; para uma mulher, muitas contrariedades; para uma donzela, projetos de casamento gorados.

Invertida: Inércia, sono, letargia, petrificação, sonambulismo; esperança gorada.



 
Arquétipo: A morte.
Sentido geral: O grande desapego. O fim natural. Uma despedida ansiosamente esperada ou temida. Perdas.
Profissão: Encerramento da atividade exercida até o momento.
Relacionamento: Final de uma fase. Despedida do companheiro (a).
Consciência: Compreensão de que as coisas são finitas.
Sentido Espiritual: Tarefa do velho Si-mesmo, ou da imagem do mundo.
Objetivo: Ir para casa. Criar lugar para o novo.
Sombra: Fingir-se de morto. Medo da morte.
Carta Invertida: Paralisação limitadora. Fim arbitrário.
13 como quintessência: O doloroso caminho da despedida e do grande desapego, que, depois de destruir o velho, leva a novas estruturas e a novas realizações. (1 + 3 = 4 e 4 = O Imperador)









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